Cachoeirinha

SAÚDE MENTAL TAMBÉM É PRIORIDADE E SOFRE EM NOSSA CIDADE

Veja as demandas, urgentes, para que a população de Cachoeirinha possa contar com atendimento adequado na saúde mental.

ícone relógio27/05/2022 às 09:37:23- atualizado em  
SAÚDE MENTAL TAMBÉM É PRIORIDADE E SOFRE EM NOSSA CIDADE

A saúde em Cachoeirinha tem sido um dos grandes desafios para a nossa cidade. O caos da UPA 24H, a precariedade dos postos de saúde, a falta de profissionais e a sobrecarga imposta aos médicos e demais profissionais são alguns dos inúmeros ataques sofridos nesta área, que hoje está entregue à terceirização, totalmente na contramão de uma saúde pública e de qualidade, para todas e todos. A pandemia que assolou o mundo também chegou trazendo ainda mais desafios e, portanto, exigindo mais esforços dos poderes municipais para atender a ampliação de demandas, muito manifestadas na saúde mental.

Na conferência municipal da saúde mental, realizada em março deste ano, surgiram demandas urgentes durante o debate promovido entre os profissionais da área da saúde mental . Destas, três são essenciais para que a população de Cachoeirinha passe a contar com um atendimento adequado à sua realidade:

Prevenção: não existe em nossa cidade um trabalho, promovido pelo governo municipal, de prevenção de transtornos psiquiátricos ou de dependência química (uso e abuso de substâncias). E esse é um passo fundamental para a redução da demanda de pacientes e de uma vida saudável para inúmeras famílias.

Recursos Humanos: a redução da carga horária dos médicos de Cachoeirinha, de 20 horas para 8 horas, implementada pelas últimas gestões, impacta também na saúde mental. Além de sobrecarregar esses profissionais que muitas vezes não conseguem fazer um atendimento integral como deveriam, faltam médicos. Após a contratação emergencial de 5 médicos em 2021, por um período de 1 ano, o CAPS sofreu mais uma redução no seu quadro. Destes, apenas dois profissionais foram chamados pelo último concurso, portanto sem a reposição adequada.

Atenção psicossocial: hoje Cachoeirinha conta com um único CAPS adulto e um infantil, que concentram todos os atendimentos da cidade, voltados para pessoas com transtornos psiquiátricos e psicológicos. No CAPS adulto, em média, nos últimos anos, cerca de 60% dos acolhimentos são de pessoas com problemas de uso de substâncias.

Essa é uma demanda de saúde, social e de educação. É urgente a abertura de um CAPS AD (álcool e drogas) para atendimento específico a esse público, com um plano terapêutico e benefício a longo prazo para esses pacientes, e que possa desafogar o CAPS II já em funcionamento.